quarta-feira, 16 de março de 2011

A força da natureza

Ocorrem mais desastres naturais hoje em dia? Ou o que acontece é uma “tsunami de informações”? Afinal, como um dos países mais desenvolvidos do mundo pode curvar-se, do dia para a noite, diante da força da natureza?

Opiniões controversas afloram. Mas, nenhuma das respostas emergentes podem ser adotadas como conclusivas.

As reminiscências que eu e meus amigos temos das aulas de geografia apontam um cenário bem diferente do noticiado atualmente. Recordamos que, no final do século XX, nas escolas, se ensinava que a Escala Richter, utilizada para medir terremotos, dificilmente, alcançava índices superiores a 6.0. No entanto, esse tremor do Japão registrou 8.9.

O fato é que, segundo relata o autor do livro 1808, Laurentino Gomes, “devido à precariedade das comunicações com o interior da colônia, a notícia da morte do rei D. José I, em 1777, levou três meses e meio para chegar a São Paulo”. Já o terremoto do Japão pode ser noticiado em tempo real.
Após acompanharmos, simultaneamente, o terremoto e a tsunami, apareceu um problema maior ainda: o vazamento de material radioativo.

Com certeza, sucessões de fatos alarmantes devem ser registrados incessantemente, seja no Japão ou em qualquer outro recanto do Globo. Novas catástrofes podem surgir como eventos inéditos. Sendo que não dispomos de registros exatos do passado, caberá aos cientistas revelar a verdade. Verdade que vira à tona pela mídia. Mas, tendo todo processo, de forma imprescindível, permeado pela tecnologia. Tecnologia que, por sua vez, tem se mostrado ineficiente diante da força da natureza.

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